terça-feira, 28 de abril de 2009

Minha formação leitora

A minha formação leitora passa por três momentos distintos: Primeiro foi a minha mãe, apesar dela ter morrido quando eu tinha 7 anos e de ter convivido muito pouco ao lado dela, guardo momentos interessantes em que a via sempre com um livro ou uma revista nas mãos; Os meus avós, ele meu verdadeiro pai, era um leitor assíduo, lia artigos científicos e romances clássicos e ela, minha mãe até os 12 anos, quando ela morreu, lia fotonovelas e alguns romances; e por fim meu tio que gostava de leitura de cordel.
Nesse ambiente leitor, vivi e me formei. Recordo-me das fotonovelas que dos 10 aos 12 anos lia na companhia da minha avó. Os livros científicos do meu avô eram folheados por mim e os títulos e as chamadas das reportangens eram lidos avidamente com o acompanhamento das figuras coloridas. O cordel foi minha primeira experiência verdadeiramente leitora.
Curiosamente fui vendedor de livros aos 12 anos numa cidade que praticamente não havia leitores. Eu ficava a espera de um possível leitor que se dispusesse a comprar um livro para ler nas noites frias da pequena Piatã, encravada no sertão baiano, um clima do sul do Brasil ou da Europa destoando do clima árido e seco do Nordeste. Como os leitores eram raros, os livros eram devorados por mim e por meu patrão que me recomendava ler com zelo e plastificar novamente os livros e as revistas para que os leitores comprassem sem reclamações.
É inegável a influência da escola no processo, embora se restrinja a decodificação das letras, pois o meu professor era um gramático por excelência e não nos incentivava a leitura dos romances nem os dos Romeus e Julietas, nem os de cavalaria.
E assim me tornei um leitor apaixonado e devorador dos mais diversos gêneros e tipos, fato que oportunizou-me o formidável encontro com "O Evangelho segundo Jesus Cristo" de José Saramago, o livro que precisava, necessariamente, ser escrito e que deveria ser lido por todas as pessoas que se interessam pelas letras mágicas que nos fazem arrepiar, nos emocionam e explicitam a verdade.

terça-feira, 21 de abril de 2009

1ª Semana do Gestar

A primeira semana do GESTAR em Salvador foi muito interessante. Primeiro por que nos encontramos mais uma vez e é maravilhos estar junto com essa turma animada, além de competente; em segundo lugar tivemos a oportunidade de conhecer uma pessoa formidável a professora Isabel. Num passe de mágica a professora reverteu uma situação incômoda, em uma oportunidade de ensino.
De repente, descobrir que está diante de pessoas que já passaram por uma formação e não se abalar, manter-se serena, tranquila não é para qualquer um. Ela simplesmente conversou com a turma e no momento seguinte estávamos nós trabalhando como se a programação tivesse preparada para o momento. Tudo bem que se ela tivesse sabido de antemão o que a encontrava pela frente com certeza teríamos muito mais lucro, mas o importante é que não tivemos prejuízo.
Conseguimos sair todos satisfeitos ao final de uma semana longa e curta ao mesmo tempo. Longa por estarmos sentados durante oito horas por dia; e curta por termos a grata satisfação de contar com uma professora animada, competente e que sabia mediar o debate com tranquilidade, dando a todos a oportunidade de fala e valorizando os trabalhos realizados, sem contudo deixar de pontuar as observações necessárias.
Nãoa resta dúvidas que de uma próxima oportunidade que a tivermos como orientadora do Programa GESTAR faremos um trabalho muito mais rentoso.